Cistos/Nódulos Pancreáticos

Cistos ou nódulos pancreáticos são formações que ocorrem no pâncreas e podem ser tanto benignas quanto malignas. A maioria dos cistos pancreáticos são descobertos incidentalmente durante exames de imagem realizados por outros motivos. Essas estruturas podem variar em tipo, desde pseudocistos, que geralmente se formam como uma resposta a uma inflamação ou pancreatite, até neoplasias císticas. A identificação correta do tipo de cisto é crucial, pois direciona o manejo clínico, que pode variar desde a vigilância até a intervenção cirúrgica.

Os sintomas associados a cistos pancreáticos podem ser variáveis e muitas vezes inespecíficos. Alguns pacientes podem permanecer assintomáticos, enquanto outros podem apresentar dor abdominal, sensação de plenitude ou distensão abdominal. Em casos de cistos maiores ou que exercem pressão sobre estruturas adjacentes, pode-se observar náuseas, vômitos, perda de peso e até icterícia. A sintomatologia depende em grande parte do tamanho, localização e da natureza do cisto.

Para o diagnóstico de cistos pancreáticos, são utilizadas técnicas de imagem como ultrassonografia abdominal, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM). A ressonância magnética de pâncreas com colangiopancreatografia por ressonância magnética (CPRM) é particularmente útil para visualizar a estrutura e a comunicação dos cistos com o ducto pancreático. Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma endoscopia para uma avaliação mais detalhada, por meio da qual é possível obter imagens diretas e realizar biópsias, se necessário.

O tratamento dos cistos pancreáticos varia de acordo com o tipo específico e a presença de sintomas ou complicações. Pseudocistos decorrentes de pancreatite muitas vezes resolvem-se com o tratamento conservador da pancreatite. Por outro lado, neoplasias císticas que apresentam risco de malignidade podem necessitar de monitoramento regular ou de intervenção cirúrgica, especialmente se houver mudança no tamanho ou na característica do cisto. A abordagem deve ser personalizada para cada paciente, considerando os riscos e benefícios das diversas opções de tratamento, e frequentemente envolve uma equipe multidisciplinar, incluindo gastroenterologistas, cirurgiões e radiologistas.