Tratamento
Por Dra. Luiza D. Perini
Médica, Especialista em Gastroenterologia
A abordagem multiprofissional com gastroenterologista, cirurgião, nutricionista e psicólogo é muito importante no manejo dos pacientes com pancreatite crônica. O tratamento da pancreatite crônica consiste principalmente no controle da dor, suplementação de enzimas pancreáticas (pancreatina), controle do diabetes, avaliação nutricional com ajuste das vitaminas e manejo das complicações.
Mesmo quando o álcool não é a causa da pancreatite crônica, todos os pacientes com pancreatite crônica devem evitar a ingestão de álcool e cessar o tabagismo.
Essas são as únicas medidas que previnem a progressão da doença e reduzem a probabilidade de neoplasia pancreática subsequente.
O controle da dor é a parte mais desafiadora do manejo da pancreatite crônica. É realizada inicialmente com analgésicos e anti-inflamatórios, no entanto conforme o grau da dor pode ser necessário o uso de medicamentos mais potentes como os opioides e outras medicações adjuvantes como antidepressivos tricíclicos, gabapentina, pregabalina e inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs).
Em casos selecionados com dor persistente, o tratamento subsequente deve ser individualizado e depende da anatomia do ducto do pâncreas. Podem ser indicados procedimentos endoscópicos e cirúrgicos, principalmente quando existe dilatação do ducto do pâncreas.
Nos casos em que existe um pseudocisto no pâncreas, este pode causar dor conforme o tamanho e às vezes pode ser necessário realizar a drenagem (descompressão) do pseudocisto por meio de um procedimento endoscópico ou cirúrgico.
A insuficiência do pâncreas é uma manifestação tardia da pancreatite crônica, geralmente ocorrendo após mais de cinco anos de doença e resulta em má digestão de gordura e proteína e perda de peso.
Os suplementos de enzimas pancreáticas são frequentemente recomendados. Essas enzimas substituem as enzimas normalmente produzidas pelo pâncreas, permitindo que o pâncreas "descanse".
Antes de iniciar o tratamento com enzimas, a avaliação com nutricionista e testes laboratoriais para avaliação de deficiência de vitamina são muito importantes e devem ser realizados.
A suplementação de vitaminas é necessária na maioria dos casos, principalmente de vitamina D e cálcio.
Pacientes com pancreatite crônica podem também apresentar diabetes relacionado. Este deve ser tratado com medicamentos e em alguns casos, insulina.
Dra. Luiza D. Perini é Médica, Especialista em Gastroenterologia pela Federação Brasileira de Gastroenterologia, Membro da diretoria da Acelbra-SC (Associação Brasileira dos Celíacos de Santa Catarina). Também é membro da Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia, membro do Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB) e International Member of the merican Pancreatic Association (APA).
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