Pancreatite Aguda

Por Dra. Luiza D. Perini
Médica, Especialista em Gastroenterologia

Apesar do pâncreas ser conhecido desde a Grécia clássica, o relato mais antigo de pancreatite aguda deve-se ao cirurgião Francês Ambrose Paré em 1579. A partir de então, numerosas descrições foram realizadas ao longo dos dois séculos seguintes, as quais enfatizaram aspectos da anatomia, histologia e fisiologia do pâncreas. 

O sistema de ductos do  pâncreas responsáveis pela condução das enzimas pancreáticas até o intestino, foi descrito por Wirsung, em 1641, sendo o ducto pancreático principal até hoje chamado de Ducto de Wirsung.   

Em 1883, Chiari admitia que a pancreatite aguda era causada pela ativação intrapancreática de enzimas, estabelecendo a teoria da autodigestão do órgão.

Em 1901, Eugene Opie, observando que muitos pacientes com pancreatite aguda letal apresentavam cálculo biliar impactado, relatou a relação causal da pancreatite com a litíase biliar (pedra na vesícula).

A partir da metade do século XIX tornou-se evidente a preocupação com o pâncreas e sua inflamação devido à sua associação com elevadas taxas de morbimortalidade.

Apesar das melhorias no acesso aos cuidados, técnicas de imagem e intervenção, a pancreatite aguda grave ainda está associada a morbidade e mortalidade significativas.

Dra. Luiza D. Perini é Médica, Especialista em Gastroenterologia pela Federação Brasileira de Gastroenterologia, Membro da diretoria da Acelbra-SC (Associação Brasileira dos Celíacos de Santa Catarina). Também é membro da Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia, membro do Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB) e International Member of the  merican Pancreatic Association (APA).