Pancreatite Aguda

Por Dra. Luiza D. Perini
Médica, Especialista em Gastroenterologia

Não há um único exame que confirme o diagnóstico da pancreatite aguda. Há a necessidade de somar o que chamamos de aspectos clínicos (sintomas e exame físico), alterações laboratoriais sugestivas e quando necessários, exames de imagem.
 
O diagnóstico de Pancreatite aguda é baseado a partir de 2 dos 3 seguintes critérios: 

1. Dor abdominal característica.
2. Evidência bioquímica de pancreatite (amilase ou lipase elevadas).
3. Evidência radiográfica de pancreatite em exames de imagem.

Sinais inflamatórios como leucocitose (aumento dos leucócitos), aumento de proteína C reativa, além de hiperglicemia, alteração do cálcio, alteração nos exames renais e hepáticos também podem estar presentes. Exames de imagem como a tomografia computadorizada são úteis nos casos em que existe ainda dúvida no diagnóstico ou em casos que evoluem com piora progressiva do quadro.

Uma vez que o diagnóstico de pancreatite aguda é feito, testes adicionais são necessários para determinar a causa subjacente. Isso garante que o tratamento correto seja dado para prevenir a recorrência da pancreatite. O Ultrassom é um exame importante para identificação de litíase biliar, a causa mais comum da pancreatite. Sua realização é muito importante para orientar o tratamento posterior. 

Dra. Luiza D. Perini é Médica, Especialista em Gastroenterologia pela Federação Brasileira de Gastroenterologia, Membro da diretoria da Acelbra-SC (Associação Brasileira dos Celíacos de Santa Catarina). Também é membro da Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia, membro do Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB) e International Member of the  merican Pancreatic Association (APA).