Ludvig Gastroenterlogia Especializada

Obesidade Visceral

Aspectos Clínicos

Por Dr. Juliano C. Ludvig
Médico, Especialista em Gastroenterologia

A fisiopatologia da obesidade visceral envolve uma interação complexa de fatores genéticos, ambientais e comportamentais que contribuem para o acúmulo de gordura na região abdominal e os efeitos adversos resultantes desse acúmulo. Aqui está uma descrição detalhada dos principais aspectos da fisiopatologia da obesidade visceral:

  • Acúmulo de gordura visceral: A obesidade visceral é caracterizada pelo acúmulo de gordura em torno dos órgãos internos na cavidade abdominal, em contraste com a gordura subcutânea, que se acumula logo abaixo da pele. A gordura visceral é metabolicamente ativa e libera várias substâncias bioquímicas, incluindo ácidos graxos livres, citocinas pró-inflamatórias e adipocinas, que desempenham um papel crucial na fisiopatologia da doença;
  • Inflamação sistêmica: A gordura visceral libera citocinas pró-inflamatórias, como o fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa) e a interleucina-6 (IL-6), que desencadeiam uma resposta inflamatória de baixo grau no corpo. Essa inflamação crônica está intimamente ligada ao desenvolvimento de resistência à insulina, disfunção endotelial, e aumento do risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2;
  • Resistência à insulina: A resistência à insulina é uma característica comum da obesidade visceral. A gordura visceral libera ácidos graxos livres na corrente sanguínea, que podem interferir na capacidade das células musculares e do fígado de responder adequadamente à insulina. Como resultado, o corpo precisa produzir mais insulina para manter os níveis de glicose no sangue sob controle, levando a níveis elevados de insulina no sangue (hiperinsulinemia);
  • Disfunção metabólica: A resistência à insulina e a inflamação sistêmica contribuem para uma série de alterações metabólicas associadas à obesidade visceral, incluindo dislipidemia (níveis anormais de lipídios no sangue), aumento dos níveis de glicose no sangue, e aumento dos níveis de triglicerídeos;
  • Acúmulo de gordura ectópica: Além do acúmulo de gordura na cavidade abdominal, a obesidade visceral está associada ao acúmulo de gordura em outros tecidos e órgãos, como o fígado (esteatose hepática), músculos esqueléticos e pâncreas. Esse acúmulo de gordura ectópica pode contribuir para disfunções metabólicas adicionais e complicações de saúde;
  • Impacto na função hormonal: A obesidade visceral pode afetar a função de várias hormonas reguladoras do metabolismo, incluindo a leptina (envolvida na regulação do apetite), adiponectina (com efeitos anti-inflamatórios e sensibilizadores à insulina), e grelina (que estimula o apetite). Alterações nos níveis dessas hormonas podem contribuir para a progressão da obesidade e suas complicações.

Esses são apenas alguns dos principais aspectos da fisiopatologia da obesidade visceral. É importante reconhecer que essa condição é multifacetada e envolve uma interação complexa de vários processos fisiológicos e metabólicos.

Dr. Juliano C. Ludvig é Médico, Especialista em Endoscopia Digestiva pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – SOBED e Especialista em Gastroenterologia Clínica pela Federação Brasileira de Gastroenterologia – FBG. É Coordenador Regional da ABCD - Associação Brasileira de Colite e Doença de Crohn. É Membro Titular do GEDIIB - Grupo de Estudos das Doenças Inflamatórias Intestinais no Brasil. É Chefe do Setor de Gastroenterologia do Hospital Santa Isabel e Presidente do Centro de Estudos do mesmo hospital. Tem Residência Médica em Clínica Médica no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo e Residência Médica em Gastroenterologia no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Também é International Member of the American College of Gastroenterology e International Member Of the ECCO - European Crohn’s and Colitis Organization.

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