Ludvig Gastroenterlogia Especializada

Doenças inflamatórias intestinais na população idosa

Estratégia de Tratamento

Por Dr. Juliano C. Ludvig
Médico, Especialista em Gastroenterologia

A escolha do tratamento para idosos com doenças inflamatórias intestinais (DII) deve ser cuidadosamente considerada, levando em conta as particularidades desta faixa etária, que incluem maior prevalência de comorbidades, polifarmácia (uso de múltiplos medicamentos) e uma maior susceptibilidade a efeitos colaterais. O objetivo é controlar a inflamação, manter a remissão da doença e minimizar os riscos associados ao tratamento.

Considerações na Escolha do Tratamento

Avaliação da Severidade da Doença:

  • A intensidade dos sintomas e o grau de inflamação são avaliados para determinar a abordagem inicial. Em idosos, o tratamento pode necessitar de ajustes devido à presença de outros problemas de saúde e ao risco de efeitos colaterais.

Monitoramento de Comorbidades:

  • É essencial considerar outras condições de saúde que o paciente possa ter, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares,neoplassias (câncer) que podem influenciar a escolha dos medicamentos para DII.

Polifarmácia:

  •  O uso concomitante de múltiplos medicamentos aumenta o risco de interações medicamentosas. Portanto, o tratamento escolhido deve ser compatível com outros medicamentos que o paciente esteja tomando.

Opções de Tratamento

Aminossalicilatos (SULFASSALAZINA E MESALASINA):

  • Frequentemente usados para tratar a colite ulcerativa leve a moderada. São considerados seguros para uso prolongado em idosos, apresentando menos efeitos colaterais comparados a outras opções.

Corticosteroides (PREDNISONA, METILPREDNISOLONA, HIDROCORTISONA):

  • Utilizados para controlar surtos agudos de DII. No entanto, seu uso prolongado é limitado devido a efeitos colaterais significativos, especialmente em idosos, como osteoporose, diabetes e hipertensão.Por isso tem o conceito de ser uma estratégia ponte (temporária), preparando para uso de medicação de ação prolongada.

Imunomoduladores (azatioprina e 6-mercaptopurina, metotrexate):

  • São usados para manter a remissão. Eles requerem monitoramento cuidadoso para efeitos colaterais como mielossupressão e hepatotoxicidade, que podem ser mais problemáticos em idosos.Sempre que possível, deve -se ter cautela no uso nessa população.

Agentes Biológicos (Infliximabe, Adalimumabe ,Vedolizumabe,Certolizumabe pegol, Ustequinumabe,Risanquisumabe) & Pequenas Moléculas (Tofacitinibe e Upadacitinibe):

  • São opções para casos moderados a graves que não respondem a outras terapias. Em idosos, a decisão de usar agentes biológicos deve ser cuidadosa, considerando o equilíbrio entre eficácia e risco de infecções.Nesse grupo, a taxa de resposta costuma ser semelhante (com poucas exceções),diferenciando modo de uso e segurança.

Terapia Nutricional:

  • Em casos de DII, especialmente na doença de Crohn, a terapia nutricional pode ajudar a controlar a inflamação e corrigir deficiências nutricionais. Em idosos, isso pode ser crucial para melhorar o estado geral de saúde.

Considerações Finais

Antes de iniciar um tratamento, uma avaliação geriátrica abrangente pode ajudar a personalizar o plano de tratamento, considerando as necessidades globais de saúde do paciente idoso.
O tratamento ideal muitas vezes envolve uma equipe multidisciplinar, incluindo gastroenterologistas, geriatras, farmacêuticos e nutricionistas, para oferecer um cuidado integral e personalizado.

Dr. Juliano C. Ludvig é Médico, Especialista em Endoscopia Digestiva pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – SOBED e Especialista em Gastroenterologia Clínica pela Federação Brasileira de Gastroenterologia – FBG. É Coordenador Regional da ABCD - Associação Brasileira de Colite e Doença de Crohn. É Membro Titular do GEDIIB - Grupo de Estudos das Doenças Inflamatórias Intestinais no Brasil. É Chefe do Setor de Gastroenterologia do Hospital Santa Isabel e Presidente do Centro de Estudos do mesmo hospital. Tem Residência Médica em Clínica Médica no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo e Residência Médica em Gastroenterologia no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Também é International Member of the American College of Gastroenterology e International Member Of the ECCO - European Crohn’s and Colitis Organization.

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