Diagnóstico
Por Dr. Juliano C. Ludvig e Dra. Luiza D. Perini
Médicos, Especialistas em Gastroenterologia
A maioria dos pacientes, ao consultar o especialista a respeito da sua constipação, provavelmente já se submeteu a múltiplas tentativas para corrigi-la, fazendo uso de medicamentos, medidas caseiras ou seguindo prescrições médicas, sem alcançar o resultado esperado.
Geralmente, o diagnóstico da Constipação Funcional é clínico, baseado na história clínica detalhada e exame físico que inclui avaliação anorretal e do períneo. No entanto conforme avaliação clínica individualizada, pode ser necessário a realização de exames complementares como: Exames laboratoriais; Colonoscopia; Tempo de Trânsito Colônico; Manometria Anorretal; Defecografia. O médico avaliará a necessidade dos exames complementares, bem como o melhor método diagnóstico para determinar as possíveis causas da constipação.
O diagnóstico clínico é feito a partir dos critérios diagnósticos de Roma IV que são baseados na presença dos seguintes critérios por pelo menos três meses (com o início dos sintomas pelo menos seis meses antes do diagnóstico):
(1) Deve incluir 2 ou mais dos seguintes sintomas ocorrendo em mais de 25% das evacuações:
- Esforço aumentado.
- Fezes endurecidas ou em cibalos.
- Sensação de evacuação incompleta.
-Sensação de obstrução / bloqueio anorretal.
- Manobras manuais para facilitar evacuações (por exemplo, manobra digital, suporte do assoalho pélvico).
- Menos de três evacuações espontâneas por semana.
(2) Fezes moles raramente estão presentes sem o uso de laxantes.
(3) Existem critérios insuficientes para SII.
Causas secundárias de constipação, como obstrução mecânica, medicamentos e doenças sistêmicas devem sempre ser excluídas, especialmente em pacientes que apresentam início recente de constipação ou sinais de alarme que incluem:
• Idade maior ou igual a 50 anos
• Mudanças recentes no hábito intestinal
• Sangramento nas fezes
• Perda de peso involuntária
• Despertar noturno devido a dor abdominal
• História familiar de cancer colorretal ou doença inflamatória intestinal
• Anemia
• Massa abdominal palpável.
Dra. Luiza D. Perini é Médica, Especialista em Gastroenterologia pela Federação Brasileira de Gastroenterologia, Membro da diretoria da Acelbra-SC (Associação Brasileira dos Celíacos de Santa Catarina). Também é membro da Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia, membro do Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB) e International Member of the merican Pancreatic Association (APA).
Dr. Juliano C. Ludvig é Médico, Especialista em Endoscopia Digestiva pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – SOBED e Especialista em Gastroenterologia Clínica pela Federação Brasileira de Gastroenterologia – FBG. É Coordenador Regional da ABCD - Associação Brasileira de Colite e Doença de Crohn. É Membro Titular do GEDIIB - Grupo de Estudos das Doenças Inflamatórias Intestinais no Brasil. É Chefe do Setor de Gastroenterologia do Hospital Santa Isabel e Presidente do Centro de Estudos do mesmo hospital. Tem Residência Médica em Clínica Médica no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo e Residência Médica em Gastroenterologia no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Também é International Member of the American College of Gastroenterology e International Member Of the ECCO - European Crohn’s and Colitis Organization.
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